Fallout: a ciência por trás do mundo pós-apocalíptico da série
Fallout: mundo pós-apocalíptico
Inspirada no famoso jogo de videogame, a série mostra um futuro no cenário pós-apocalíptico. Assim, na trama de Fallout, a humanidade luta pela sua sobrevivência após a guerra nuclear que devastou a terra.
Será que a ficção científica da narrativa da série chega perto da realidade? O físico Pran Nath, da Universidade Northeastern, nos Estados Unidos, explicou a história por trás da trama.
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Explosões nucleares: devastadoras e reais
Logo no começo da série, Los Angeles é bombardeada por armas nucleares. Então, apesar da ficção, a realidade também impressiona com explosões nas cidades e Pran explicou sobre isso.
“Em uma explosão nuclear, há uma enorme liberação de energia e radiação em um curto período de tempo. Primeiro, surge um clarão intenso, produzido pelos raios gama da reação nuclear. Quem estiver exposto a essa luz, como as vítimas em Hiroshima, pode sofrer queimaduras graves e até mesmo evaporar”, disse Pran Nath.
Ondas de choque e calor: uma força destrutiva
Em primeiro lugar, surge o clarão e logo após a onda de choque e o calor da explosão, que se espalha de forma rápida. No entanto, de acordo com Nath, na realidade tudo seria mais veloz.
Assim, a onda de choque tem força suficiente para derrubar prédios de concreto, conforme mostrou a narrativa de Fallout.
Radiação: um perigo invisível e duradouro
Outro perigo da explosão nuclear é a liberação de uma alta quantidade de radiação, que é considerada mais perigoso que a explosão em si.
Além disso, os efeitos perduram por um período longo e criam uma nuvem que pode alcançar até 16 km. Com isso, a radiação será espalhadas por diversas áreas e contaminará o solo, o ar e a água.
“Em uma explosão nuclear, são produzidos até 100 elementos radioativos diferentes”, afirma Nath. “Esses elementos podem ter vidas úteis que variam de segundos a milhões de anos. Eles causam poluição e danificam o corpo humano, podendo levar a doenças como câncer e leucemia”, explicou Nath.
Refúgios e mutações: buscando sobrevivência em um mundo hostil
Em Fallout, os sobreviventes conta com os ‘vaults’, que na série são os refúgios subterrâneos. Assim, as pessoas abrigam no local para escaparem da destruição. Na realidade, também existem abrigos para essa situação, mas inferiores aos da trama. No entanto, Nath destacou que essa proteção seria importante contra uma possível radiação liberada.
“Se você estiver longe o suficiente da explosão e se abrigar dentro de um vault, poderá se proteger do impacto inicial, das ondas de choque e do calor, aumentando significativamente suas chances de sobrevivência”, explica o físico, que completou:
“A radiação pode causar diversos tipos de anormalidades, inclusive genéticas. Ela pode gerar mutações semelhantes às mutações espontâneas em animais e humanos. Em Chernobil, por exemplo, foram encontrados animais que sofreram mutações devido à radiação.”
Uma lembrete sombrio dos perigos reais
Na realidade, aproximadamente 146 mil pessoas perderam a vida em Hiroshima e 80 mil e Nagasaki. Assim, Fallout é um lembrete sobre o perigo das armas nucleares reais, que estão cada vez mais poderosas e com consequências imprevisíveis.
Fallout: um universo de ficção científica fundamentado na realidade
A série Fallout, seguindo o exemplo dos jogos, mostra o cenário do mundo pós-apocalíptico. No entanto, a ciência por trás da história de ficção possui elementos reais baseados em fatos científicos preocupantes.
Com isso, os espectadores conseguem compreender os efeitos das explosões nucleares. Então, a série não é só apenas um entretenimento, mas também um sinal de alerta.