Uncoupled | Confira nossa crítica da série com Neil Patrick Harris

Uncoupled é a mais nova série da Netflix que mostra a vida ao redor de Michael, que é deixado pelo seu parceiro Colin após um relacionamento de 17 anos. Em cerca de oito episódios de 30 minutos vemos a jornada de Michael, desde o choque da partida repentina de seu cônjuge até a aceitação de uma nova vida.

A trama já começa a se desenrolar bem mais cedo do que o habitual, isso porque já no primeiro episódio, Colin conta a Michael sobre sua decisão de deixá-lo ao mesmo tempo em que as portas de sua festa surpresa se abrem com I Will Always Love You de Whitney Houston tocando de fundo.

Durante toda a série Neil Patrick Harris, famoso por interpretar Barney Stinson em How I Met Your Mother, rouba a cena como Michael, que se mostra um tanto quanto egocêntrico mas também muito adorável e apegado ao seu antigo amor. Mas a sua grande parceira Suzanne, interpretada por Tisha Campbell, ajuda o seu amigo a segurar as rédeas da vida e ter o controle dela em suas mãos.

Durante toda a jornada de Uncoupled, vemos um grande desenvolvimento acerca dos personagens, com grande ênfase na auto descoberta por parte de Michael, já que estava há quase duas décadas sem saber o que era um relacionamento casual, e para isso, o auxílio de todos os seus amigos é um fator muito importante que devemos valorizar durante a série.

O sentimento da culpa

Vemos durante um longo período que Michael não fica apenas abalado com a separação, mas também se culpa por todo o ocorrido, em algumas situações, se machucando fisicamente, ficando bêbado inúmeras vezes e fazendo com que isso coloque até mesmo qualquer novo relacionamento em risco.

Eventualmente, Michael consegue aceitar a sua atual vida, entendendo que essa é a triste realidade e que ele precisa pensar no futuro, e dessa forma ele acaba até mesmo virando amigo de seu ex-namorado mais tarde.

Michael infelizmente percebe que nem sempre é possível obter todas as respostas para todas as perguntas da vida, e que o importante na verdade é focar e apreciar o que temos no presente e o que teremos no futuro, ao invés de chorar pelo passado.

A importância da amizade

Durante toda a série a gente pôde perceber qual é a importância das amizades durante momentos difíceis da vida, e até mesmo como acabamos nos debruçando nos ombros de qualquer um para desabafar, ou então, em pessoas com quem nos identificamos.

Podemos ver isso com Michael, que no momento mais difícil de sua vida acaba encontrando apoio em Claire, uma de suas clientes que também foi deixada pelo marido, mas ao contrário de Michael, não havia amigos em quem se apoiar, encontrando nele a peça que faltava em sua vida.

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Os assuntos “extra campos”

Além dos assuntos pessoais de Michael, seus amigos e Claire, Suzanne também tem um papel muito respeitado durante a série, sendo muito mais do que uma conselheira amorosa de Michael.

Suzanne precisa lidar com a maternidade solteira, mostrando que ela é muito ousada e não tem nenhum remorso sobre suas escolhas em sua vida passada, mostrando de tabela mais ou menos como Michael deveria lidar com a sua situação atual por culpa de Colin.

Além disso, vimos Claire, que além de ter se separado de seu marido, também descobre que sua filha tem gênero fluido, algo que em sua geração não era nada comum, mas que ela acaba aceitando.

Podemos até ver em uma cena futura durante a série que a mesma Claire, por culpa de seu ex-marido, acaba demonstrando de uma forma um tanto quanto inesperada que ela já superou o término.

Vale a pena assistir Uncoupled?

Uncoupled aborda muitos temas do cotidiano e de toda a sociedade, principalmente no quesito representativo do LGBTQIA+. É uma série muito descontraída e divertida, que consegue te prender cada vez mais conforme o tempo passa.

Esse é o tipo de série que após o seu fim você não fica necessariamente espantado ou aguardando ansiosamente pela segunda temporada, mas acaba sentindo aquele vazio dentro de si e não sabe o que exatamente assistir em seguida.