Quais são os maiores títulos de e-sports da América do Sul?
A América do Sul hoje representa apenas 4% da audiência global de e-sports, de acordo com os dados divulgados pela SuperData Research. No entanto, esse mercado está em plena expansão. Enquanto no Brasil há Estados já regulamentando os e-sports para que os atletas tenham todos os seus direitos garantidos, no Chile acabou de se encerrar o Pan American Esports Championships, evento que aconteceu em paralelo com os Jogos Pan Americanos de Santiago. Apesar de parecer pouco, o movimento é grande em relação ao mercado de e-sports. De acordo com a consultoria Newzoo, seguindo a expectativa de crescimento, em 2024 a modalidade faturará US$ 1,6 bilhões.
Jogos preferidos
Dentre os títulos mais conhecidos e consagrados estão League of Legends, Dota 2 e Counter Striker:GO. Os dois primeiros jogos seguem o estilo MOBA (Arena de Batalha Multijogador Online), onde é possível percorrer um território em batalha, desenvolvendo estratégias contra a equipe adversária. O mesmo acontece com o Counter Striker, mas, nesse a batalha tende a seguir linhas mais individuais de desenvolvimento. É possível dizer que esses três títulos são os mais populares até em sites de apostas, como o 10bet. Isso se deve ao tempo de lançamento dos jogos e à sua popularidade entre os jogadores.
Um pouco mais recentes, o Free Fire, o Valorant e o Rainbow Six Siege também ganham adeptos a cada dia. Apesar de histórias distintas entre si, todos têm entre si o objetivo de traçar estratégias em um território minado por inimigos armados. Cada qual com suas particularidades no que diz respeito às armas escolhidas, atalhos e privilégios, são os títulos que mais faturam na América Latina.
Principais apelos desses jogos
Não é possível dizer o motivo desse tipo de jogos caírem nas graças dos povos sul-americanos. No entanto, as organizações têm investido bastante em times em todos os territórios. Além das próprias desenvolvedoras, que patrocinam torneios e viabilizam o encontro de competidores ao redor do globo, há organizações locais que têm visto como investimento o empenho financeiro a times de eSports. Por exemplo, no Brasil, há times de futebol investindo na formação de suas próprias equipes de jogos eletrônicos. Nesse cenário, qual game será disputado é apenas uma das informações de estratégia de alavancagem.
E-sports: quem são os principais jogadores
Mundialmente, os e-sports já têm uma audiência de mais de 530 milhões de espectadores, de acordo com a Newzoo. Segundo dados da Pesquisa Game Brasil, desenvolvida a partir de uma parceria entre Sioux Group, Go Gamers, Blend New Research e ESPM, três a cada quatro brasileiros jogam games – o equivalente a 74,5% da população. E, desse montante, mais de 51% são mulheres. Esse pequeno retrato do Brasil também comunga com o restante do público da América do Sul em geral.
Nos campeonatos de e-sports, onde há equipes designadas e treinadas para vencer batalhas longas e duras contra os maiores jogadores de cada um desses games citados acima, o perfil dos jogadores muda drasticamente. São jovens que têm o jogo online como profissão, sofrem a pressão de contratos milionários e o assédio da indústria de games. As equipes disputam premiações que podem chegar aos US$ 300 mil. Sem contar o mercado de apostas online, que também gira um orçamento bastante robusto ao redor desse universo.
Para ilustrar, a FURIA, que é a principal equipe brasileira de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), é detentora do maior valor de premiação acumulado dos e-sports com o ganho total de US$ 3,7 milhões.
Brasil será palco de Pan em 2024
Entre os dias 1 e 9 de junho de 2024, será realizado o Panamerican Esports Games Rio-2024, na cidade do Rio de Janeiro. O torneio promete reunir jogadores não apenas dos países da América do Sul (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela e Guiana Francesa), mas também de países como Estados Unidos, Bahamas, Haiti, Jamaica, Trinidad e Tobago e Costa Rica. Outras localidades também terão vagas garantidas na disputa dos campeonatos de games como Rocket League, Mobile Legends, Counter-Strike e Dota 2. O evento também servirá de classificatório para o Campeonato Mundial, que acontece em Riade, na Arábia Saudita. Essa será a segunda vez que o Brasil recebe um evento classificatório para o Mundial.
Mais jogos a caminho
Se por enquanto a América do Sul tem dado preferência para jogos mais consagrados quando o assunto é e-sports, seja por motivos financeiros ou por conta da facilidade de encontrar companheiros nesse tipo de game, o mercado está aberto para novas possibilidades. Como já demonstrado ao longo deste artigo, o mercado de e-sports neste território está em plena expansão. Isso abre a possibilidade de novos lançamentos e, também, outros jogos que já são populares em outras regiões roubarem um pouco a fatia do mercado desses títulos mais tradicionais.