Dia da Mentira: 7 grandes mentiras que os filmes te contaram e que você não vai acreditar

Nada melhor do que ver um lista com as maiores mentiras contadas por Hollywood bem no Dia da Mentira

Hollywood é frequentemente acusada de tratar certos episódios históricos sem muito rigor. Sempre houve a desculpa de que editar certos aspectos da história é necessário para tornar o enredo divertido para o espectador. Alguns exemplos: não é verdade que vikings reais usavam chifres, explosões altas não são possíveis no espaço e Pocahontas e John Smith não se apaixonaram perdidamente.

7 grandes mentiras contadas por Hollywoody

Houveram conversas com historiadores, cientistas, psicólogos e até com a polícia para ajudar a desmascarar essas licenças de filmes.

7 – As explosões de Star Wars podem ser ouvidas no espaço

Não há oxigênio nem som no espaço, então é impossível que algo exploda ali – o fogo precisa de oxigênio para existir – ou que uma colisão produza os barulhos ensurdecedores ouvidos nos filmes de George Lucas. “Se deixarmos a atmosfera da Terra, nada fará barulho. O som é uma onda que percebemos com nossos ouvidos quando o tambor vibra e nosso cérebro interpreta o sinal. Mas para que isso aconteça, a onda precisa de um meio para se propagar. Ondas sonoras são ondas de pressão que viajam pelo ar ou pela água, algo que não existe no espaço”, explica o cientista David Calle, autor do livro ¿Cuánto Pesan las Nubes?.

Star-Wars-O-Despertar-da-Forca
Imagem: Divulgação

6 –  Freddie Mercury ficou sabendo que estava com Aids no show do Live Aid

Freddie Mercury descobriu que contraiu HIV em 1987, não em 1985 como diz o filme para tornar a cena final mais dramática. Isso significa que quando o Queen se apresentou no Live Aid, nem Mercury nem seus companheiros de banda sabiam que o cantor havia contraído AIDS. Quatro anos depois de contar aos membros da banda, Mercury morreu na privacidade de um quarto em sua mansão em Londres (que ele chamou de Garden Lodge).

bohemian rhapsody
Imagem: Divulgação

5 – As pistolas com silenciador praticamente não fazem barulho

A arma de fogo é barulhenta, não importa o quanto o supressor esteja conectado. “Se uma arma faz um barulho de 10, em uma escala de 1 a 10, uma arma com silenciador faz um barulho de 6 de 10. Não é nada sutil, dá para perceber que é um tiro”, afirma ao EL PAÍS um funcionário da loja de armas Shoke, de Madri. O porta-voz da polícia espanhola, por sua vez, confirma que as armas com silenciadores não passam despercebidas. “Eles ainda são muito barulhentos”, comenta.

onde-os-fracos-nao-tem-vez
Imagem: Divulgação

4 – Os esquimós vivem em iglus

Ao contrário da crença popular, os esquimós vivem em cabanas de madeira e usam o iglu muito ocasionalmente. “Em geral, os esquimós só usavam o iglu como moradia temporária durante suas expedições de caça nas regiões árticas durante o inverno. Eles não estavam acostumados a morar nelas e preferiam outros tipos de casas. É verdade que, principalmente no Ártico canadense e no norte do Alasca, foram construídos iglus maiores que poderiam servir de residências familiares, mas não era o mais comum”, explica o historiador José Soto Chica ao EL PAÍS.

Esquimós
Imagem: Divulgação

3 – Os capacetes dos vikings tinham chifres

Isso porque óperas como Crepúsculo dos Deuses (Wagner, 1876) e filmes como Vicky, O Viking (1974) sempre apresentaram esses guerreiros que habitaram o norte da Europa entre 700 e 1100 com capacetes com chifres.

Carl Emil Doepler, o figurinista das óperas de Wagner, inspirou-se no pintor sueco August Malmström para criar as roupas dos vikings que interpretam essas óperas. Malmström ilustrou o poema épico Frithiof’s Saga retratando vikings com capacetes alados, elemento que Doepler reinterpretou transformando-os em chifres sem se basear em nenhum dado histórico, e que acabou entrando no imaginário coletivo como algo peculiar aos vikings.

Vicky, o Viking
Imagem: Divulgação

2 – Pocahontas e John Smith se apaixonaram

Para começar, o nome dela não era Pocahontas. Seu nome era Matoaka. Para continuar, fica claro nos diários de Smith (escritos entre 1607 e 1612) que ele e Pocahontas nunca se apaixonaram. Ela tinha 10 anos e o chamava de “papai” porque ele tinha 27. Na verdade, Pocahontas se casou com Kocoum, por quem estava apaixonada, e salvou a vida de Smith quando sua tribo o condenou à morte – interviu pouco antes de cortaram-lhe a cabeça.

Alguns anos depois, após ficar viúva, Pocahontas viajou para Londres, onde se casou novamente, mas morreu aos 22 anos em 1617. Desde então, o mito de seu caso com John Smith, promovido pela Disney, mascarou o genocídio que dos colonos contra os nativos americanos.

Pocahontas
Imagem: Divulgação

1 –  Ocorre uma explosão quando se lança uma bituca de cigarro em uma superfície com gasolina

Para fazer uma grande explosão, a gasolina precisa de uma fonte de ignição forte, como uma boa faísca. A ponta do cigarro só queima, dificultando muito que ela caia no chão e cause uma explosão. “As misturas de combustível só queimam em condições muito específicas de concentração no ar. Isso significa que não é tão simples fazer as grandes explosões que vemos no cinema quando um cigarro é jogado no chão. Para isso, seria preciso algo que queime muito mais”, explica o cientista David Calle ao EL PAÍS.

Explosão
Imagem: Divulgação