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Em janeiro deste ano, a Microsoft anunciou o início da compra da Activision Blizzard, responsável por produções como Overwatch, Diablo, World of Warcraft, StarCraft, Candy Crush e a popular franquia de Call of Duty. Em uma compra de U$ 68 bilhões, a sua rival japonesa, a Sony, vem temendo por sua empresa.
Sony está com medo de Call of Duty virar exclusivo
Para a finalizar a aquisição da Activision Blizzard, é necessário que ocorra a aprovação legal de diversos órgãos reguladores de concorrência no mundo. Em resposta da empresa japonesa ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica do Brasil, a Sony dá seu parecer sobre a compra, expressando seus medos principalmente em relação ao Call of Duty.
Em documento público do órgão brasileiro, a Sony relata que a aquisição da Activision Blizzard resultará em grande poder de mercado da empresa americana, visto que Call of Duty é considerado um dos grandes blockbusters dos dias de hoje. Para a empresa, isso forçará consumidores a escolherem o console da rival, visto que não há concorrentes ao jogo atualmente.
Battlefield não possui o mesmo impacto de Call of Duty
Seguindo em sua fala sobre o impacto de Call of Duty nos dias de hoje, a empresa aponta os números de estúdios contratados e o tempo de 3 e 5 anos da produção dos jogos, afirmando que nenhum outro desenvolvedor pode destinar o mesmo nível de recursos e expertise no desenvolvimento de jogos que a Activision Blizzard destina.
A Sony também aponta o impacto de Call of Duty em em comparação com Battlefield, afirmando que a produção define os jogos em primeira pessoa de seu gênero, colocando que isso também é demonstrado pelo engajamento dos usuários em rede sociais, na qual Call of Duty possui mais de 24 milhões de seguidores no Facebook contra os 7 milhões de Battlefield.
Sony não sabe se conseguirá ser rival do Game Pass
O Game Pass também é citado na fala da empresa japonesa, que afirma que uma das razões de seu grande crescimento nos últimos anos se dá devido à aquisição de diversos estúdios terceiros e a locomoção de seus jogos para o Game Pass. Como exemplo disso, o Brasil é citado, colocando que entre o Gamepass representa entre 70-80% dos serviços de assinatura para PC.
Sobre a renda anual da Microsoft com o Game Pass após a recente compra da ZeniMax em 2020, a empresa já possuía 25 milhões de assinantes, com uma receita anual de cerca de US$ 3 bilhões. Para a Sony. A japonesa não consegue dar uma estimativa de tempo para uma entrada que gera neste nível da Microsoft, colocando que mesmo com um grande investimento, levaria anos para criar um rival para o Game Pass.