Jenna Ortega, protagonista de Wandinha, explica a abordagem da personagem

Assumir o papel icônico de Wandinha Addams, que foi imortalizado ao longo de décadas, desde as histórias em quadrinhos originais dos anos 1930 do criador Charles Addams até a atuação irreverente de Christina Ricci na comédia de humor negro de 1991, é uma tarefa desafiadora para qualquer um.

Envelhecer esse personagem para explorar a performance macabra que é a adolescência na era moderna da mídia social é algo assombroso, e é um desafio que a estrela em ascensão Jenna Ortega assumiu.

“Eu assisti o show, a história em quadrinhos, os filmes”, disse a atriz-título de “Wandinha” da Netflix em uma entrevista ao TheWrap. “O roteiro foi escrito lembrando muito a versão dos anos 90, então eu queria ter certeza de que não estava enganando ninguém.”

Jenna Ortega fala sobre seu papel como Wandinha

Dirigido e produzido por Tim Burton, junto com os co-showrunners Miles Millar e Alfred Gough, “Wandinha” apresenta uma visão reimaginada do mundo e da Wandinha que o público conhece há anos.

A série transporta Wandinha para a imponente Academia Nevermore, um lugar para pessoas como ela. A filha dos Addams se vê envolvida em um mistério de gerações que envolve seus pais, sua luta para dominar sua habilidade psíquica em desenvolvimento e uma criatura sobrenatural cujos assassinatos monstruosos ameaçam a cidade local.

Ortega explicou quais os principais desafios de seu papel como Wandinha:

“O problema é que quando você faz comentários desagradáveis ​​e cruéis aos 10 anos de idade, é muito doce e encantador porque você não conhece nada melhor, mas quando você tiver 15, 16 anos, você deve saber melhor. E eu acho que isso pode se tornar uma qualidade realmente desagradável, então muito disso foi tentar encontrar um equilíbrio como ‘o que é aceitável’ e adicionar camadas de inocência, de modo que sua crueza ou toxicidade fosse não visto de mau gosto.”

Em “Wandinha” de Ortega, a latinidade do personagem é o centro das atenções pela primeira vez na história do cânone. A sitcom da ABC dos anos 60 estabeleceu Gomez Addams como castelhano, e o filme “A Família Addams” de 1991 o viu retratado pelo ator porto-riquenho Raúl Julia.

Já o drama da Netflix impregna demonstra seu tom latino com elementos culturalmente específicos, desde uma interpretação assombrosa de “La Llorona” até o presente de Morticia, que é um artefato asteca para sua filha.

Ortega também comentou sobre a representação latina em Wandinha:

“Sinto que, quando era mais jovem, tive muita dificuldade em abraçar certas qualidades sobre mim, e acho que grande parte disso é porque não me via representada na tela ou no campo em que queria participar, portanto, tendo a oportunidade de interpretar alguém como Wandinha, que tem um alcance tão amplo e é amado e respeitado por pessoas em todos os lugares, acho incrível que ela tenha um rosto latino e que os jovens latinos possam assistir e aproveitar o show, também se identificando com ele, não só com a personalidade de alguém, mas com sua aparência. Realmente significa muito para mim.”