Lançada em 2017 como um spin-off de The Good Wife, The Good Fight rapidamente se destacou como uma das séries mais inteligentes e provocativas da TV.
Criada por Michelle e Robert King, a produção mantém o alto nível de narrativa jurídica, adicionando uma forte carga política e social, refletindo o caos da era contemporânea.
Com um elenco liderado por Christine Baranski, a série se tornou um fenômeno ao discutir temas como racismo, corrupção, desinformação e ataques à democracia, tudo dentro de um enredo jurídico envolvente.
Vamos explorar a trama, os personagens e o impacto de The Good Fight no cenário das séries dramáticas.
Saiba mais:
Amor Fora da Lei (2013): Um Drama Romântico e Melancólico Sobre Amor e Fuga nos Anos 1970
A Vítima (2019): O Thriller Escocês que Desafia a Verdade e a Justiça
A trama de The Good Fight: um recomeço no caos
A história começa um ano após os eventos de The Good Wife, acompanhando Diane Lockhart (Christine Baranski), uma advogada respeitada que perde toda sua poupança após um escândalo financeiro.
Sem escolha, ela precisa abandonar sua firma e recomeçar sua carreira em um prestigioso escritório afro-americano de Chicago, liderado por Adrian Boseman (Delroy Lindo).
Lá, ela se junta a Lucca Quinn (Cush Jumbo) e enfrenta novos desafios jurídicos, além de mergulhar em um cenário político instável, refletindo a ascensão de Donald Trump e as mudanças no sistema judicial.
Ao longo das temporadas, The Good Fight expande seu escopo, abordando fake news, supremacia branca, autoritarismo e os limites da lei em um mundo cada vez mais polarizado.
Os personagens e suas evoluções
Diane Lockhart (Christine Baranski)
A protagonista da série é uma advogada liberal e feminista que precisa se reinventar em um cenário político e jurídico cada vez mais instável. Ao longo das temporadas, Diane se vê dividida entre a ética e a necessidade de sobreviver em um ambiente hostil.
Lucca Quinn (Cush Jumbo)
Advogada talentosa e carismática, Lucca cresce dentro do escritório e enfrenta desafios tanto na carreira quanto em sua vida pessoal, lidando com maternidade e política racial no ambiente jurídico.
Adrian Boseman (Delroy Lindo)
Líder do novo escritório de Diane, Boseman é um advogado brilhante e pragmático, que luta para garantir mais diversidade e justiça dentro do sistema legal.
Liz Reddick-Lawrence (Audra McDonald)
Filha de uma lenda da advocacia e ex-promotora, Liz se torna uma peça-chave no escritório e tem uma relação complexa com Diane, muitas vezes questionando o papel dos liberais brancos na luta por justiça social.
Marissa Gold (Sarah Steele)
Ex-assistente de Eli Gold em The Good Wife, Marissa começa como secretária e se transforma em uma detetive e investigadora formidável, trazendo leveza e sagacidade à série.
Roland Blum (Michael Sheen)
Introduzido na terceira temporada, Blum é um advogado imoral e manipulador, baseado em figuras reais da política americana, como Roy Cohn e Roger Stone.
Os principais temas abordados na série
1. Política e a ascensão do autoritarismo
Desde o primeiro episódio, The Good Fight mergulha de cabeça na realidade política dos Estados Unidos, especialmente durante o governo Trump. A série mostra como a polarização afeta o sistema jurídico e como advogados precisam lidar com ameaças à democracia.
2. Fake news e desinformação
Um dos enredos centrais da série envolve a propagação de notícias falsas e a manipulação da opinião pública. A série antecipa fenômenos como deepfakes e o impacto da desinformação na justiça.
3. Racismo e desigualdade no sistema jurídico
Ao ambientar a história em um escritório majoritariamente negro, The Good Fight aborda o racismo estrutural dentro da advocacia e as dificuldades enfrentadas por advogados negros na luta por equidade.
4. A luta entre idealismo e pragmatismo
Diane Lockhart é constantemente desafiada a equilibrar seus valores progressistas com as realidades do sistema legal, levantando questões sobre até onde vale a pena lutar dentro das regras.
O diferencial de The Good Fight: inovação narrativa e ousadia
1. Estilo visual arrojado
A série usa recursos visuais inovadores, incluindo animações satíricas para explicar conceitos políticos complexos.
2. Diálogos rápidos e inteligentes
A marca registrada dos criadores, Michelle e Robert King, está presente nos diálogos afiados e nas discussões jurídicas bem elaboradas.
3. Episódios que refletem eventos reais
Ao contrário de outras séries jurídicas, The Good Fight tem episódios que reagem diretamente às manchetes da vida real, tornando-se um reflexo imediato da sociedade contemporânea.
As temporadas de The Good Fight: uma evolução constante
1ª temporada (2017) – O começo do caos
Diane Lockhart perde tudo e precisa se reinventar. A série estabelece sua nova firma e começa a explorar as mudanças políticas da era Trump.
2ª temporada (2018) – O medo e a radicalização
A violência contra advogados aumenta, e Diane começa a questionar sua sanidade ao tentar resistir ao novo governo.
3ª temporada (2019) – O poder da manipulação
A ascensão das fake news e a influência do governo nos tribunais ganham destaque, enquanto novos personagens controversos são introduzidos.
4ª temporada (2020) – Um futuro distópico
A temporada mostra um cenário onde Trump consegue reeleição e como isso impacta a advocacia e a justiça.
5ª temporada (2021) – O legado da luta
Na última temporada, a série reflete sobre o impacto dos protestos de 2020 e o futuro do liberalismo diante das crises políticas.
Curiosidades sobre The Good Fight
1. Foi a primeira série original da CBS All Access
A série inaugurou o serviço de streaming da CBS, sendo um dos primeiros conteúdos de destaque da plataforma.
2. Inspirada em eventos reais
Os roteiros muitas vezes se baseiam em casos jurídicos verídicos e escândalos políticos atuais.
3. Reuniu atores icônicos de The Good Wife
Além de Christine Baranski, personagens como Elsbeth Tascioni (Carrie Preston) e David Lee (Zach Grenier) fazem aparições memoráveis.
Conclusão: The Good Fight é uma série essencial para os tempos modernos
Mais do que um simples spin-off, The Good Fight se tornou uma das séries mais ousadas e inteligentes da atualidade. Misturando drama jurídico com crítica política afiada, a produção conseguiu capturar o espírito do nosso tempo como poucas outras séries.
Ao longo de suas temporadas, a série não teve medo de abordar temas controversos, como autoritarismo, racismo, fake news e a fragilidade do sistema jurídico, sempre com uma abordagem inovadora e diálogos inteligentes.
Com atuações memoráveis, especialmente de Christine Baranski, e um roteiro que combina humor ácido e reflexões profundas, The Good Fight se consolidou como um dos dramas mais relevantes da era Trump e pós-Trump.
Se você gosta de tramas complexas, personagens bem desenvolvidos e uma série que desafia o espectador a refletir sobre política e justiça, The Good Fight é uma experiência imperdível.
Com um final satisfatório e impactante, a série deixa seu legado como uma das produções mais corajosas da televisão contemporânea.
Assista ao trailer de “The Good Fight”
No Brasil, “The Good Fight” não está disponível para streaming. No entanto, você encontra a obra na Paramount+ e Apple TV+, dependendo da região.