The Cry (2018) – Um Drama Psicológico Devastador Sobre o Desaparecimento de um Bebê e Suas Consequências
O desaparecimento de uma criança é um dos eventos mais devastadores que qualquer família pode enfrentar, e The Cry (2018) aborda esse tema com profundidade emocional e intensidade psicológica.
Esta minissérie britânico-australiana, baseada no romance homônimo de Helen FitzGerald, não é apenas um thriller sobre um crime, mas também uma exploração perturbadora da dor, da culpa e da pressão da mídia sobre a vida privada.
Com apenas quatro episódios, The Cry consegue envolver o espectador em um drama intenso, imprevisível e devastador, questionando até onde a mente humana pode ir diante de uma tragédia.
Dirigida por Glendyn Ivin e estrelada pela brilhante Jenna Coleman (Doctor Who, Victoria), a série se tornou um sucesso de crítica e público, sendo comparada a thrillers psicológicos como The Killing e Big Little Lies.
Se você busca uma série curta, mas impactante, The Cry é uma escolha certeira.
Saiba mais:
Sinopse: O Desaparecimento que Mudou Tudo
A trama acompanha Joanna Lyndsay (Jenna Coleman), uma jovem mãe britânica que, ao lado do marido Alistair (Ewen Leslie), viaja para a Austrália com o filho recém-nascido, Noah.
O casal pretende lutar pela custódia da filha mais velha de Alistair, Chloe, que mora com a ex-esposa dele, Alexandra (Asher Keddie). No entanto, ao chegarem ao país, um evento trágico acontece: Noah desaparece misteriosamente do carro enquanto estavam em uma pequena cidade costeira.
O caso rapidamente se torna um espetáculo midiático, e o público e a imprensa passam a questionar o comportamento de Joanna. Em meio à dor e ao desespero, a jovem mãe começa a enfrentar um colapso emocional, e segredos ocultos do casamento começam a emergir.
Mas The Cry não é um simples mistério sobre um desaparecimento. A narrativa não-linear e cheia de reviravoltas mostra que nada é o que parece, e cada episódio revela uma nova peça do quebra-cabeça, conduzindo o espectador a uma verdade chocante.
Os Personagens e suas Camadas Psicológicas
Joanna Lyndsay (Jenna Coleman)
A protagonista da série, Joanna, é uma jovem mãe que enfrenta o esgotamento da maternidade, um casamento instável e, posteriormente, o peso do julgamento público.
Sua jornada emocional ao longo da série é desgastante e perturbadora, e a performance de Jenna Coleman transmite com maestria toda a dor, confusão e desespero da personagem.
Alistair Robertson (Ewen Leslie)
O marido de Joanna e pai de Noah, Alistair é um homem controlador e ambicioso, determinado a recuperar a guarda de sua filha mais velha. Seu comportamento diante do desaparecimento de Noah levanta suspeitas, e a relação dele com Joanna se torna cada vez mais tóxica conforme a história avança.
Alexandra (Asher Keddie)
Ex-esposa de Alistair e mãe de Chloe, Alexandra tem uma relação conturbada e ressentida com o ex-marido, o que faz com que seu envolvimento na trama seja ainda mais complexo.
Chloe (Markella Kavenagh)
A filha adolescente de Alistair, Chloe é uma personagem fundamental para compreender a verdadeira dinâmica da família e o impacto emocional das decisões dos adultos ao seu redor.
Temas e Reflexões: Muito Além de um Thriller
1. A Exaustão da Maternidade e a Pressão Social
Desde o primeiro episódio, The Cry mostra o impacto mental e físico da maternidade, abordando temas como depressão pós-parto e o isolamento emocional das mães.
Joanna enfrenta julgamentos constantes – seja pela mídia ou pelas pessoas ao seu redor – e sua vulnerabilidade se torna uma das peças centrais da trama.
2. Manipulação e Relações Abusivas
O relacionamento de Joanna e Alistair é uma espiral de manipulação psicológica, onde o poder e a influência do marido começam a sufocá-la. A série explora o impacto devastador das relações tóxicas, principalmente em momentos de fragilidade emocional.
3. A Influência da Mídia e o Julgamento Público
A forma como a mídia transforma tragédias em espetáculos é um dos pontos mais críticos da série. Joanna não apenas sofre pela perda do filho, mas também precisa lidar com o linchamento público, sendo tratada como suspeita desde o início.
4. Culpa e Autoengano
A narrativa desconstrói a ideia de inocência e culpa, fazendo o espectador questionar constantemente as intenções e as emoções dos personagens. A série desafia a percepção do público, mostrando como o autoengano e o trauma podem moldar a realidade de uma pessoa.
Estilo Visual e Direção: Criando um Clima de Angústia
A cinematografia de The Cry reforça a sensação de desconforto e sufocamento, utilizando tons frias e iluminação natural para criar uma atmosfera realista e opressiva.
A edição não-linear desafia o espectador a montar a história aos poucos, aumentando a tensão e tornando a experiência ainda mais imersiva.
A trilha sonora discreta e os momentos de silêncio bem explorados contribuem para a carga emocional intensa, reforçando o impacto psicológico da trama.
Recepção da Crítica: O Que Dizem os Especialistas?
Desde sua estreia, The Cry recebeu críticas extremamente positivas, sendo elogiada por sua atuação brilhante, roteiro inteligente e abordagem inovadora.
- No IMDb, a série tem uma nota de 7,3/10, com elogios especialmente à performance de Jenna Coleman.
- No Rotten Tomatoes, a aprovação da crítica é de 91%, com avaliações destacando a profundidade emocional e a narrativa envolvente.
A atuação de Jenna Coleman foi amplamente reconhecida, levando a atriz a ser indicada ao BAFTA TV Awards pela sua impressionante performance.
Conclusão: Vale a Pena Assistir?
Sim! The Cry não é apenas um thriller psicológico cativante, mas também um drama devastador sobre a maternidade, a culpa e o poder da manipulação.
A série consegue equilibrar suspense e profundidade emocional, entregando uma experiência envolvente e chocante do início ao fim.
Se você busca uma produção curta, mas emocionalmente intensa e repleta de reviravoltas, The Cry é uma escolha imperdível.
Assista ao trailer de “The Cry”
No Brasil, “The Cry” não está disponível para streaming. No entanto, você encontra a obra na Amazon Prime Video, dependendo da região.