Tecnologia de ‘Avatar’ proporciona diagnóstico precoce do Autismo infantil
Pesquisadores brasileiros usam tecnologia de “Avatar” para estudar autismo
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está trazendo inovação no estudo do Transtorno do Espectro Autista (TEA) através de uma técnica pioneira. Utilizando uma abordagem inspirada na produção cinematográfica, especificamente na técnica usada no filme “Avatar“, os cientistas pretendem oferecer novos insights sobre o transtorno.
O estudo se concentra na análise do movimento tridimensional, possibilitando uma observação detalhada do controle postural em crianças diagnosticadas com TEA. Este método, apesar de complexo, promete abrir novas portas para a compreensão e intervenção precoce neste transtorno do neurodesenvolvimento.
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Como funciona o sistema de análise do movimento tridimensional da tecnologia “Avatar”?
O “Sistema de Análise do Movimento Tridimensional” opera com um conjunto de cerca de nove câmeras infravermelhas. Essas câmeras são capazes de capturar a imagem dos marcadores colocados no sujeito em várias posições ao longo do tempo. As imagens capturadas são, então, processadas por softwares sofisticados que determinam a posição tridimensional de cada marcador no espaço.
Letícia Paes Silva, mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação da UFMG, explica que o processo também envolve análises cinemáticas, cinéticas e posturais, bem como medições de amplitude de movimento, velocidade e aceleração. O objetivo é obter um quadro detalhado das forças envolvidas no movimento humano, com um foco especial nas dificuldades motoras enfrentadas por crianças com TEA.
Por que é importante analisar o movimento em crianças com TEA?
Os desafios motores são uma parte significativa do quadro clínico de muitas crianças com Transtorno do Espectro Autista. A detecção precoce dessas dificuldades pode ser crucial para o desenvolvimento de estratégias de intervenção eficazes. O trabalho de Silva e sua equipe tem o potencial de fornecer um entendimento profundo sobre esses desafios, promovendo uma melhora substancial na qualidade de vida desses jovens.
O impacto global do transtorno do espectro autista
- Incidente em 1,46% das crianças mundialmente
- Taxa de prevalência entre meninos é de 2,36%
- Taxa de prevalência entre meninas é de 0,53%
Estes números ressaltam a importância de pesquisas como a de Silva, oferecendo não apenas um melhor entendimento do TEA mas também promovendo abordagens inovadoras para o tratamento e acompanhamento das crianças afetadas.
Conclusão
O uso da tecnologia de análise de movimento tridimensional, inspirada na produção de “Avatar“, na pesquisa do TEA, é uma prova do potencial de abordagens inovadoras no campo da saúde e reabilitação. Pelas mãos de pesquisadores dedicados da UFMG, este estudo abre caminhos para melhorias significativas no diagnóstico e tratamento do autismo, demonstrando como a tecnologia pode ser uma aliada valiosa na ciência e na melhoria da qualidade de vida.