Stray | Review – vale a pena jogar?

Em uma aventura onde o mundo é um silêncio profundo, os humanos já não existem mais e a temática cyberpunk não é exatamente como a humanidade esperava que seria, Stray consegue fazer com que um personagem icônico no mundo dos games e um universo especial seja único e toque no fundo do coração dos jogadores.

Um personagem especial

Anunciado no ano de 2020 durante um PlayStation Showcase, já com a notícia de que seria um exclusivo temporário nos consoles para o PlayStation, todo o público ficou em êxtase com o icônico personagem do jogo.

O adorável gatinho seria o personagem principal do jogo, sendo talvez a primeira vez ou uma das pouquíssimas vezes onde um gato seria o ponto chave de um universo inteiro no mundo dos games e sua importância seria muito maior do que apenas um bichinho de estimação. Curiosamente, o bichano foi baseado especialmente no gatinho Murtaugh, dos co-fundadores do estúdio BlueTwelve, Viv e Koola, que também tem pelos alaranjados e porte similar ao animal do game.

Além disso, o gatinho ficou tão popular que garantiu até mesmo que acessórios reais para gatos fossem desenvolvidos pela empresa Travel Cat, que criou uma mochila inspirada pela bolsa utilizada pelo felino durante o jogo.

Stray
Imagem: Divulgação/PlayStation

Narrativa

Em Stray a narrativa é muito mais contada envolta dos mistérios de uma decadente cidade cyberpunk em um universo onde os humanos não existem, apenas robôs com telas que demonstram suas emoções e criaturas perigosas chamadas de Zurks.

Ainda durante o início do jogo o Felino se perde e acaba ficando sozinho e separado de sua família, precisando então a partir deste momento desvendar um grande mistério ancestral para fugir da cidade esquecida no submundo.

Uma jornada única

Definitivamente Stray não é o tipo de jogo que eu, como jogador, costuma e prefere jogar quando ligo meu videogame. Entretanto, esse jogo por mais que no quesito gênero tenha um estilo bem específico e talvez um tanto quanto nichado, ele consegue pegar pelo coração por culpa do bichano.

Nenhum jogo é exatamente como Stray, mas se fosse resumir em três jogos eu citaria Abzu, Inside e The Pathless. Esses três jogos tem como suas similaridades a direção artística, a tal amada jornada do herói mas construída de maneira que entregue uma experiência emocionante, ao invés de gloriosa.

O afeto com o bichano

Stray não te coloca para controlar um gato mágico, um gato super-herói, um gato místico e nem nada do gênero, você apenas é… um gato.

Um gato que tem as suas necessidades como arranhar, tomar água e ser mimado será o seu personagem principal nessa aventura, e é algo pra mim tão surpreendente e construído de uma forma tão simples e gostosa de se ver que é difícil não exaltar o gato como um dos pontos principais dessa história.

Durante o jogo você consegue ver muito da relação do gato com o B-12, um robô que você consegue logo no início do jogo que irá lhe ajudar com algumas coisas como recuperar memórias da cidade, traduzir textos e falar com os incríveis habitantes do local.

Stray gratuito no PS Plus
Imagem: Divulgação/PlayStation

Vale a pena jogar Stray?

Em momento nenhum enquanto eu jogava eu pensei: “Puxa, era exatamente esse jogo que eu precisava”, mas com toda a certeza eu pensei “Caramba, isso aqui é sensacional, como eu cogitei um dia não testar?”. Stray consegue entregar uma experiência tão única, tão gostosa e tão enxuta que é difícil você não tentar ao menos dar uma chance para o gatinho.

Stray está disponível para PlayStation 4 e PlayStation 5, além é claro, do PC via STEAM. Se você é um assinante do PS Plus Extra ou Deluxe, o jogo já está disponível para download sem custos adicionais.