Sequestro em Cleveland vale a pena assistir na Netflix

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Em maio deste ano, a Netflix adicionou em sua plataforma o dramático filme que reconta a história de três garotas, Michele Knight, Amanda Berry e Gina DeJesus, que foram sequestradas de 2002 a 2004, por Ariel Castro. Sequestro em Cleveland é mais um filme que narra o horror vivido por pessoas inocentes, se você está procurando um filme baseado em fatos reais, este aqui é uma ótima indicação.

O longa traz no elenco Taryn Manning, de Orange is the New Black, Samantha Droke e Katie Sarife, o papel do sequestrador ficou para o ator americano, Raymond Cruz, de Breaking Bad.

Sequestro em Cleveland vale a pena assistir na Netflix
Fonte: Divulgação/Sony Pictures

Inspirado em um caso verídico

Michelle Knight aos seus 21 anos lutava com a Justiça para manter a guarda de seu filho, que já havia perdido para o Estado uma vez. No dia 23 de agosto de 2002, Michelle estava a caminho de uma audiência sobre a guarda do filho, quando foi puxada para dentro do carro de Ariel Castro.

Em 2003, Amanda Berry, com 16 anos, estava voltando para casa após um dia de trabalho. Ariel Castro parou com o carro ao seu lado e lhe ofereceu uma carona, Amanda aceitou e nunca mais foi vista. Amanda Berry iria fazer 17 anos no dia 22 de abril, mas foi sequestrada no dia anterior.

No dia 2 de abril de 2004, Gina DeJesus, 14 anos, estava acompanhada de sua amiga Arlene, que tinha a mesma idade. As duas estavam próximas a um telefone público, Gina tinha acabado de encerrar uma ligação com a mãe de Arlene, havia pedido para que a filha dormisse na sua casa, mas ela negou o pedido. Tristes com o não da mãe, Arlene seguiu por um caminho e Gina por outro. A mesma tática foi usada, Ariel Castro parou com o carro e ofereceu carona, ao aceitar, Gina desapareceu.

Ariel Castro tinha 43 anos quando cometeu os sequestros e aprisionou as garotas em cômodos separados de sua casa, localizada na Seymour Avenue.

Michelle, a primeira vítima, foi estuprada e espancada diversas vezes, sofrendo cinco abortos e a perda da audição de um dos ouvidos. Amanda, a segunda vítima, também sofreu os mesmos abusos que Michelle, mas em uma gravidez causada por estupro, Amanda deu a luz a uma menina, que nasceu em 25 de dezembro de 2006.

 As três garotas sofriam com inúmeras sessões de espancamento e agressões sexuais. Foi neste cenário horrível que a filha de Amanda cresceu.

A verdade vem à tona

No dia 6 de maio de 2013, Ariel Castro saiu de casa e deixou umas das portas do cômodo onde as garotas ficavam aberta, aquela foi a oportunidade para que Amanda saísse. Infelizmente, a porta de entrada da casa estava trancada, com Ariel fora, Amanda começou a bater desesperadamente na porta, pedindo socorro.

Um homem que passava na rua, chamado Angel Cordero, escutou os gritos e foi averiguar, como seu inglês não era bom, Angel pediu ajuda a um vizinho, chamado Charles Ramsey. Os dois derrubaram as portas e salvaram Amanda, a jovem ligou para a polícia e informou seu nome e que na casa havia mais duas mulheres.

O caso rapidamente repercutiu o mundo. No julgamento, Ariel Castro foi condenado a prisão perpetua, sem direito a fiança. Michelle foi a única das vítimas que foi até o Tribunal e presenciou a sentença. A casa onde o crime aconteceu foi demolida, no dia 13 de setembro daquele ano, Ariel Castro cometeu suicídio dentro de uma cela.