Rio2C | Produtores da série Black Mirror comentam sobre inovação

 

Annabel Jones e Charlie Brooker são um show a parte no maior evento de criatividade da América Latina

 

O destaque do segundo dia da Rio2C ficou por conta dos produtores da série Black Mirror. Annabel Jones e Charlie Brooker conversaram, contaram piadas e trocaram provocações a noite toda. A dinâmica da dupla é interessantíssima. Segundo Annabel, esse “desrespeito” mútuo, é um dos ingredientes chave para o processo de criação.

 

A gente não se leva muito a sério“.

 

A dupla falou um pouco sobre o sucesso do filme Bandersnatch e de como foi criar essa experiência interativa.  Annabel Jones conta que, no momento em que a Netflix propôs a eles, “vocês querem fazer um filme interativo?”, A reação foi automática.

 

Eu disse: Claro! Quando sai da sala, olhei pro Charlie e disse: ‘Vai ser impossível a gente fazer isso’“, contou Annabel Jones.

 

Rio2C | Produtores da série Black Mirror comentam sobre inovação

 

Além disso, Charlie Brooker conta que foi um processo muito interativo. O produtor afirma, de forma bem humorada, que a todo momento levava ideias para a equipe de tecnologia da Netflix, perguntando: “Será que a gente consegue fazer isso?”. Então, eles respondiam: “Não…ainda”. A partir daí o processo evoluía.

Black Mirror sempre trouxe a tecnologia como um plano de fundo para as suas histórias. No entanto, Jones, quando questionada a respeito da série retratar a tecnologia como uma espécie de vilã, responde que “é mais a respeito da nossa relação com a tecnologia”. Além disso, a produtora discorre que a série não dá respostas. Pelo contrário, ela tenta propor perguntas a respeito do tema.

 

Isso é tão Black Mirror

Black Mirror é uma série densa, sarcástica, distópica e, muita das vezes, atual. Os temas abordados pelo seriado se confundem com a realidade e por várias vezes pautam conversas. Quando questionado sobre a atualidade do seriado e a distopia que ele retrata, Brooker brinca que é difícil achar o equilíbrio de o quanto distópico o entretenimento deve ser.

 

Quando as notícias são muito distópicas, você deve balancear o quão distópico você gostaria que o seu entretenimento fosse“, disse Charlie Brooker.

 

Reality Z

Em 2008 Dead Set foi ao ar. A minissérie se passava durante um “big brother” ficcional na Inglaterra e acompanhava a história de Kelly (Jamie Winstone), uma funcionária do programa que se vê obrigada a lutar por sua vida, e a dos outros participantes do reality. Mas isso tudo durante um apocalipse zumbi. Com essa premissa insana, Charlie Brooker conseguiu emplacar o que é considerado, até hoje, uma das melhores séries de zumbis de todos os tempos. Vale ressaltar que, segundo Brooker, muito do DNA de Black Mirror vem de Dead Set.

 

Rio2C | Produtores da série Black Mirror comentam sobre inovação

 

Além de tudo, a felicidade do público foi imensa, também, quando ninguém menos que Ted Sarandos apareceu no telão,ao lado de Sabrina Sato. Ambos anunciaram que Dead Set seria readaptada para o Brasil. O seriado chega à Netflix em 2020, sob o nome de Reality Z.

Vocês podem conferir o trailer abaixo:

 

 

Em tempo, Reality Z terá uma primeira temporada com 5 episódios, que foram adaptados por Cláudio Torres. O elenco do seriado contará com Guilherme Weber, Emílio de Mello, Ravel Andrade e Luellem de Castro.

 

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