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Review TBX | Paraíso Perdido: Uma ode contemporânea ao brega brasileiro

Com clássicos do brega brasileiro, Paraíso Perdido traz a tona uma história atual de aceitação a diversidade
Consta tímido no catálogo da Netflix, o filme Paraíso Perdido. O título faz, quase que de maneira metalinguística, uma quebra ao preconceito de filmes brasileiros com maestria poética.
Dirigido por Monique Gardenberg, o filme faz uma ode ao brega brasileiro, conversando em paralelo com um enredo repleto de contemporaneidade e diversidade.
A trama
A trama traz a história de Odair (Lee Taylor), um policial que é convidado trabalhar paralelamente como segurança de Imã (Jaloo), um artista que se traveste nas noites paulistanas para cantar na boate Paraíso Perdido, estabelecimento de sua família. Então, a pedido do patriarca José (Erasmo Carlos), o policial aceita a proposta. Isso, após presenciar e defender Imã de um ataque violento de homofobia próximo da boate. Mas, a medida que Odair estreia relações com a família de José, ele descobre que tem muito mais coisas em comum com essas pessoas do que imaginava.
Sobre a trilha sonora
O filme usa a trilha sonora para dar acabamento poético a história. Além disso, usa de clássicos do considerado “brega brasileiro”. O estilo musical é conhecido assim pejorativamente, após a onda de músicas populares das décadas de 70 e 80, com alto exagero dramático e arranjos instrumentais característicos. Músicas que marcaram época de artistas como Márcio Greyck, Reginaldo Rossi e Waldick Soriano ganham neste longa uma roupagem totalmente moderna, entoada nas vozes de Jaloo, Julio Andrade (Sob Pressão) e Julia Konrad, que integram o elenco.
E a homenagem ao brega não para por aí. O filme conta com Erasmo Carlos entre os atores. Ele é compositor e interprete de canções aclamadas dessa época. Outro dado interessante a se levantar é que assumidamente, o nome do personagem Odair, faz uma referência a outro cantor representante desse estilo, o terror das empregadas Odair José.
Como cereja do bolo, o filme dá uma nova roupagem a recente Amor Marginal, de Johnny Hooker na voz do também cantor Jaloo.
O filme fala ainda de maneira singular sobre homofobia, amor líquido, amores interrompidos, preconceito e família moderna.
Contudo, completam o elenco Hermila Guedes (Irmandade), Seu Jorge (Cidade de Deus), Malu Galli (Amor de Mãe) e Marjorie Estiano (Sob Pressão).
Pouco mais de dez anos após seu grande sucesso nos cinemas, Ó Pai ó, a diretora Monique Gardenberg mostra que não perdeu a mão e ainda conduz histórias genuinamente brasileiras de maneira poética e com bom gosto.
Por isso, vale a pena conferir.

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