Um spin-off que faz jus à saga Star Wars
Quando um filme sobre o passado de Han Solo, o icônico personagem da saga Star Wars, foi anunciado, houve uma certa desconfiança e preocupação.
Afinal, era mesmo necessário um filme que contasse o passado do personagem ou era apenas interesse do estúdio de lucrar mais explorando ilimitadamente a franquia?
Mais tarde, com as notícias dos inúmeros problemas em sua produção, incluindo uma mudança de diretores no meio das filmagens e 70% do filme tendo de ser refeito, tivemos certeza: isso vai ser uma bomba!
E agora, finalmente chegando às telas dos cinemas, fui assistir sem expectativa alguma, esperando me decepcionar duramente e preparado para detonar o que tinha tudo para ser a primeira grande decepção da franquia.
Porém, para a minha total surpresa, acabei saindo da projeção completamente enlouquecido, apaixonado e positivamente surpreendido com tudo o que vi.
Para começar, o filme não te dá tempo de respirar. A narrativa é frenética, desde o início, emendando uma série de acontecimentos em outros sucessivamente.
A trama é super bem construída e amarrada, os personagens são bastante carismáticos, com destaque para Chewbacca, o melhor personagem do longa, as lindas locações e as cenas de ação que além de muito bem feitas, são de tirar o fôlego.
Outra grande questão era quanto ao protagonista. Pois bem. Alden Ehrenreich não é um ator ruim. Óbvio que está longe de ser um Harrison Ford. Mas sua interpretação está longe de ser péssima. Ou ótima. Me lembrou muito o caso de Emma Watson em A Bela e a Fera. É uma atuação morna, mas que não justifica tanta polêmica e nem compromete o resultado final, pelo contrário.
Emilia Clarke e Donald Glover são os maiores destaques. Emilia domina as cenas em que aparece, com a sua beleza e elegância hipnotizantes. Donald Glover está tão à vontade como Lando Calrissian que o personagem parece pertencer a ele há tempos. Sua ótima atuação ajuda a nos convencer rapidamente na grande amizade que o personagem desenvolve com Han, mostrada nos clássicos filmes da saga.
Para não dizer que tudo são flores, a fotografia escura do filme incomoda em alguns momentos, principalmente nas exibições 3D.
Existem algumas explicações descartáveis, que não tínhamos a necessidade de saber, seria melhor deixar no imaginário, mas já que estão lá, pelo menos não decepcionam. E outras que adicionam um toque especial à franquia. A forma com que Han ganha a Millenium Falcon é um bom exemplo disso. É ótimo e interessante assistir à cena, um momento que antes só sabíamos que tinha ocorrido.
Além disso, o longa ainda apresenta boas referências (preste muita atenção), participações especiais inesperadas e um final surpreendente!
Han Solo: Uma História Star Wars é o longa mais despretensioso da franquia. É leve, divertido, tem ritmo de ação frenético e uma deliciosa vibe de filmes oitentistas. Apesar de não trazer nenhuma inovação, é direto, sabe o que quer passar e foca no mais importante.
Um filme que faz valer o título Star Wars do início ao fim.
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