“É ruim mas é bom”
Estreou recentemente no catálogo da Netflix o polêmico 365 DNI.
Trata-se de uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito por Blanka Lipińska.
Com tomadas visualmente bonitas e sexualmente excitantes, o filme entra num paradoxo de também ser proporcionalmente ruim.
Entenda o porquê
O filme conta a história de Massimo Torricelli, um mafioso italiano que após a morte de seu pai, cria uma fixação pela mulher que avistou no local e não teve a oportunidade de conhecer, a encantadora Laura Biel.
Durante anos a fio, procurou por ela, até que ao encontrá-la, sequestra-a e propõe 365 dias para fazê-la se apaixonar por ele.
Ambos compartilham entre si uma forte tensão sexual que os impulsiona a ultrapassarem seus limites. Só que com isso, entram em um jogo perigoso.
O filme tem uma ótima fotografia, locações luxuosas, atores bonitos e atraentes. Mas a direção e o desenvolvimento pecam seriamente, fazendo o filme alternar do provocante ao ligeiramente ridículo.
A condução dos acontecimentos se dá muito rápido e falta detalhes, deixando de aprofundar o contexto das relações e o tornando inverossímil.
Além disso, alguns momentos do filme ainda em sua primeira metade, chegam a ficar patéticos, parecendo um soft-porn com introdução.
O grande acerto do filme é o seu mote principal: a sensualidade.
As tomadas de sexo são extremamente bem feitas, provocantes e instigam os olhares do espectador.
Ponto também para os protagonistas, que esbanjam beleza e conduzem com profissionalismo e veracidades tais cenas. Os atores Michele Morrone (que também é cantor) e Anna Maria Sieklucka (que também é influencer) são quem protagonizam o longa.
O fim, pode deixar o espectador extremamente frustrado, pois os detalhes que já eram poucos, se esvaem, e a pessoa que assiste fica com a impressão de que o filme terminou na metade, e que só queria mostrar o sexo pelo sexo.
Em resumo, “365” é aquele filme que você diz que é ruim mas é bom.
Talvez por isso, tenha figurado tão rápido no top 10 da plataforma.
Está valendo.