Quentin Tarantino revela como FRACASSO de um de seus filmes abalou a sua confiança

Quentin Tarantino tem feito as rodadas da imprensa internacional em apoio à turnê de seu livro “Cinema Speculation”, falando recentemente ao jornal espanhol Diari ARA sobre como uma de suas únicas bombas de bilheteria abalou sua confiança como diretor de cinema.

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Essa bomba seria “Death Proof”, o thriller de ação de dublê de Tarantino em 2017, estrelado por Kurt Russell, que foi lançado no mercado interno como metade do filme “Grindhouse”. A outra metade era “Planet Terror” de Robert Rodriguez. O lançamento de “Grindhouse” arrecadou US$ 25 milhões, enquanto “Death Proof” arrecadou apenas US$ 30 milhões no exterior em seu lançamento independente.

“Tive a sorte de escrever histórias que se conectaram com muitas pessoas, e isso me permitiu praticar minha arte sem as restrições que a maioria dos cineastas tem”, disse Tarantino à publicação. 

“Agora, aconteceu uma coisa engraçada: por um tempo eu recebia muitas propostas de projetos, até que os estúdios acabaram assumindo que eu fazia minhas histórias e não valia a pena. Mas depois de ‘Death Proof’, que não foi bem nas bilheterias e foi um choque para minha confiança, comecei a receber propostas novamente.”

“Eles devem ter pensado: ‘Talvez agora ele tenha se emocionado e seu temperamento tenha diminuído, agora é a hora’”, acrescentou Tarantino. “E não há nada de errado em fazer filmes encomendados para Hollywood. Eles sempre me ofereceram projetos interessantes. Mas preferi reinvestir em mim e fiz ‘Bastardos Inglórios’.”

A confiança de Quentin Tarantino foi abalada

O cineasta admitiu em uma entrevista de 2021 para a revista Empire que superestimou a empolgação do público por um lançamento duplo como “Grindhouse”.

“Com ‘Grindhouse’, acho que eu e Robert sentimos que as pessoas tinham um pouco mais de conceito da história dos filmes duplos e exploratórios”, disse Tarantino na época. “Não, eles não fizeram. De forma alguma. Eles não tinham ideia do que diabos estavam assistindo. Não significava nada para eles, tudo bem, o que estávamos fazendo. 

Então esse foi um caso de ser um pouco legal demais para a escola. Mas no que diz respeito ao filme que está passando na Inglaterra como o filme, acho que as pessoas aceitaram bem.”

O cineasta também tocou na falta de nudez e cenas de sexo em seus filmes ao falar com Diari ARA. Fora Robert De Niro e Bridget Fonda em “Jackie Brown”, não há muito sexo na filmografia de Tarantino.

“É verdade, sexo não faz parte da minha visão de cinema”, disse Tarantino. “E a verdade é que, na vida real, é um saco filmar cenas de sexo, todo mundo fica muito tenso. E se antes era um pouco problemático fazê-lo, agora é ainda mais. Se alguma vez houvesse uma cena de sexo essencial para a história, eu teria, mas até agora não foi necessário.”

Tarantino está de olho para o que será seu décimo e último trabalho como diretor, “The Movie Critic”. Embora rumores afirmem que o filme ambientado na década de 1970 é inspirado em Pauline Kael, Tarantino disse que o filme será centrado em um crítico de cinema masculino.