Fim do WhatsApp ilimitado? Operadoras avaliam cortar o benefício de aplicativos

Entenda mais sobre o fim do WhatsApp ilimitado

Entenda o motivo das operadoras avaliarem cortar benefício de aplicativos em seus planos

No Brasil, empresas como Claro, Oi, TIM e Vivo passaram a oferecer planos de celular com WhatsApp ilimitado aos clientes, o que permite usar o aplicativo sem consumir dados móveis ou estar conectado a uma rede. Essa é uma solução conveniente para quem utiliza muito o aplicativo, seja para trabalho ou para se manter em dia com as conversas.

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Entretanto, com o aumento do uso de dados em aplicativos como WhatsApp, Twitter, YouTube e Waze ao longo dos últimos anos, juntamente com a popularização da conectividade 5G e dos serviços de streaming de vídeos e jogos, agravaram um grande problema de acordo com grandes executivos das operadoras no Brasil. 

Além disso, a questão da quebra da neutralidade de rede, prevista no Marco Civil da Internet, também é discutida. Ao privilegiar alguns aplicativos, as operadoras estariam violando esse princípio e favorecendo as empresas que fornecem esses serviços em detrimento de outras.

Outro ponto discutido é a regulação das redes, incluindo o potencial pagamento pelo uso das redes por parte de grandes empresas de tecnologia para as operadoras. Segundo o vice-presidente de negócios da Vivo, Alex Salgado, não faz sentido questionar esses novos custos se o Zero Rating continuar sendo aplicado nos planos.

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Imagem: Tecnoblog

Quais operadoras oferecem o WhatsApp ilimitado?

A Vivo oferece WhatsApp ilimitado em seus planos pré e pós-pagos, mas Alex Salgado indicou que o Zero Rating não é o padrão da marca e a oferta de aplicativos com uso ilimitado tem diminuído nos últimos anos. 

A TIM oferece opções com WhatsApp e Messenger ilimitados, ampliando a oferta para Instagram, Facebook e Twitter em planos TIM Controle mais avançados. Já a Claro oferece uma ampla variedade de aplicativos sem descontar dos dados, especialmente em planos Claro Pós mais caros.

No entanto, na Europa, planos móveis com WhatsApp e outros apps ilimitados são proibidos. Uma decisão do BEREC, órgão da União Europeia que determina as regras para os reguladores de telecomunicações dos países-membros, proíbe as operadoras de oferecerem pacotes com zero rating. A regulamentação também afeta acordos de dados patrocinados, nos quais empresas pagam para que as operadoras não descontem o tráfego de internet de seus clientes.

Embora a proibição na Europa tenha impacto, o crescimento da comercialização de planos de internet móvel com tráfego ilimitado, precificados por velocidade de acesso ou outros benefícios, torna o zero rating menos relevante.

O que é o Zero Rating?

Zero Rating é uma prática em que os provedores de acesso à Internet (ISP) oferecem acesso a determinados serviços ou conteúdos sem que isso seja contabilizado na franquia de dados do consumidor. Em outras palavras, certos aplicativos, conjuntos de aplicativos ou conteúdos específicos são isentos do limite de dados mensal do usuário, enquanto outros continuam sendo contabilizados normalmente.

Esses planos de Zero Rating são frequentemente oferecidos por provedores de conteúdo que pagam aos ISPs para que seus serviços sejam disponibilizados sem descontar da franquia. Por exemplo, um provedor de streaming de vídeo pode negociar com um ISP para que seu serviço não seja contabilizado na franquia de dados dos usuários. Dessa forma, os consumidores podem acessar esses serviços sem se preocupar com o consumo de dados.

No entanto, o Zero Rating tem sido motivo de debate no contexto da neutralidade da rede. Defensores da neutralidade da rede argumentam que o Zero Rating pode levar à discriminação de conteúdo e criar um ambiente desigual para provedores menores. 

Além disso, alguns críticos veem o Zero Rating como uma maneira de os ISPs controlarem o acesso dos usuários à Internet, favorecendo determinados serviços e conteúdos em detrimento de outros. Isso pode levar à concentração de poder nas mãos dos provedores de conteúdo e dos ISPs, afetando a competição, a privacidade e a segurança online.