Metropolis: A Revolução Visual de Fritz Lang que Previu o Futuro

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“Metrópolis” é um clássico do expressionista alemão dirigido por Fritz Lang, lançado em 1927. O se passa em uma cidade futurista dividida entre a elite que vive na superfície e os trabalhadores que vivem nas profundezas da cidade, operando as máquinas que mantêm a Metrópolis funcionando.

A trama segue o filho do líder da cidade, Freder, que descobre a dura realidade dos trabalhadores e se apaixona por Maria, uma ativista que luta pelos direitos dos operários.

Quando o líder da cidade cria um robô com a aparência de Maria para semear a discórdia entre os trabalhadores, Freder precisa agir para evitar uma revolta que pode destruir a cidade.

Com efeitos visuais inovadores para a época e uma crítica social contundente, “Metrópolis” é considerado uma obra-prima do cinema mudo e uma das maiores influências do cinema de ficção científica.

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O Contexto Histórico e Cultural de “Metrópolis”

“Metrópolis” foi lançado em um período de grande agitação social e política na Alemanha, durante a República de Weimar. A década de 1920 foi marcada por uma rápida industrialização e urbanização, que trouxe consigo grandes disparidades sociais e econômicas.

Fritz Lang capturou essa tensão em “Metrópolis”, criando uma narrativa que explora a luta de classes e a alienação dos trabalhadores.

O filme é um exemplo clássico do cinema expressionista alemão, um movimento artístico que buscava expressar emoções e estados psicológicos através de cenários distorcidos, iluminação dramática e personagens arquetípicos.

“Metrópolis” utiliza esses elementos para criar uma visão distópica de um futuro onde a e a industrialização exacerbam as desigualdades sociais.

A Trama de “Metrópolis”

A Cidade Dividida

A cidade de Metrópolis é um cenário futurista onde a elite vive em luxuosos arranha-céus na superfície, enquanto os trabalhadores operam as máquinas nas profundezas da cidade.

Essa divisão é simbolizada pela Torre de Babel, um gigantesco edifício que serve como centro de comando da cidade.

Freder e Maria

Freder, o filho do líder da cidade, Joh Fredersen, vive uma vida de privilégio e conforto. No entanto, sua visão do mundo muda drasticamente quando ele desce às profundezas da cidade e testemunha as condições desumanas dos trabalhadores.

Lá, ele conhece Maria, uma jovem ativista que prega a paz e a justiça social. Freder se apaixona por Maria e decide se juntar à sua causa.

O Robô e a Revolta

Joh Fredersen, temendo uma revolta dos trabalhadores, encomenda ao cientista Rotwang a criação de um robô com a aparência de Maria. O robô é usado para incitar a discórdia entre os trabalhadores, levando-os a uma revolta violenta.

Freder e a verdadeira Maria devem então trabalhar juntos para desmascarar o robô e evitar a destruição da cidade.

Análise Técnica e Artística

Efeitos Visuais e Cenografia

“Metrópolis” é amplamente celebrado por seus efeitos visuais inovadores e cenografia impressionante. Lang utilizou uma combinação de miniaturas, pinturas de fundo e efeitos especiais para criar a ilusão de uma cidade futurista.

A da transformação do robô é particularmente notável, utilizando técnicas avançadas de sobreposição de imagens.

Atuação e Personagens

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Imagem: /Reprodução

As atuações em “Metrópolis” são marcadas pelo estilo expressionista, com gestos exagerados e expressões faciais intensas.

Gustav Fröhlich interpreta Freder com uma mistura de ingenuidade e determinação, enquanto Brigitte Helm oferece uma performance dual como Maria e o robô, capturando a pureza de uma e a malevolência da outra.

Temas e Mensagens

O filme aborda temas como a luta de classes, a alienação do trabalho e o perigo da tecnologia descontrolada. A mensagem central de “Metrópolis” é a necessidade de mediação entre a cabeça (a elite) e as mãos (os trabalhadores) através do coração (a empatia e a compreensão mútua).

Essa mensagem é encapsulada na famosa citação do filme: “O mediador entre a cabeça e as mãos deve ser o coração.”

Impacto e Legado

Influência no Cinema

“Metrópolis” teve um impacto duradouro no cinema, influenciando gerações de cineastas e obras de ficção científica. como “ Runner”, “Star Wars” e “The Matrix” devem muito à estética e aos temas de “Metrópolis”.

A imagem do robô Maria é uma das mais icônicas da do cinema e continua a ser uma referência cultural.

Restaurações e Redescobertas

O filme passou por várias restaurações ao longo dos anos, com versões perdidas sendo redescobertas e reintegradas.

A restauração mais completa foi lançada em 2010, incorporando cenas que haviam sido consideradas perdidas por décadas. Essa versão restaurada oferece a visão mais próxima da intenção original de Fritz Lang.

Onde Assistir “Metrópolis”

“Metrópolis” está disponível na Amazon Prime Video, com assinatura Looke.

Considerações Finais

“Metrópolis” é uma obra-prima do cinema que continua a ressoar com o público quase um século após seu lançamento. A visão de Fritz Lang de um futuro distópico, onde a tecnologia e a industrialização exacerbam as desigualdades sociais, permanece relevante nos dias de hoje.

Com seus efeitos visuais inovadores, performances memoráveis e uma mensagem poderosa, “Metrópolis” é um filme que merece ser visto e revisitado.

Ficha Técnica

Título Original: Metropolis

: Fritz Lang

Ano de Lançamento: 1927

País: Alemanha

Gênero: Ficção Científica

Elenco Principal:

– Gustav Fröhlich como Freder

– Brigitte Helm como Maria / Robô Maria

– Alfred Abel como Joh Fredersen

– Rudolf Klein-Rogge como Rotwang

Roteiro: Thea von Harbou

: Gottfried Huppertz

Cinematografia: Karl Freund, Günther Rittau

Edição: Fritz Lang

“Metrópolis” é mais do que um filme; é uma experiência cinematográfica que desafia o espectador a refletir sobre questões sociais e tecnológicas que continuam a ser relevantes. Se você ainda não viu este clássico, agora é o momento perfeito para mergulhar na obra-prima de Fritz Lang.