Loki: a série da Marvel que transformou o deus da trapaça em herói do multiverso
Estreando em junho de 2021 no Disney+, Loki rapidamente se tornou uma das produções mais influentes do Universo Cinematográfico Marvel (MCU).
Com uma proposta ambiciosa, a série apresentou uma nova dimensão para o personagem, ao mesmo tempo em que abriu caminho para o multiverso — conceito essencial para as fases seguintes do estúdio.
Muito mais do que um spin-off, Loki se consolidou como uma narrativa independente e fundamental dentro da cronologia da Marvel.
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O que é Loki?

Contexto dentro do MCU
Loki se passa logo após os acontecimentos de Vingadores: Ultimato (2019), quando uma variante do deus da trapaça escapa com o Tesseract durante a missão dos Vingadores de recuperar as Joias do Infinito.
Essa fuga, no entanto, causa uma ramificação na linha do tempo sagrada, e Loki é capturado pela Autoridade de Variância Temporal (TVA), uma organização que controla e protege o fluxo temporal.
Sinopse da série
Na série, o personagem-título é confrontado com suas próprias escolhas, múltiplas versões de si mesmo e uma ameaça que pode destruir a própria realidade. Entre dilemas existenciais, manipulações e paradoxos temporais, Loki embarca em uma jornada inesperada de autoconhecimento e transformação.
Elenco principal de Loki
Tom Hiddleston como Loki
Consagrado como o Loki original desde Thor (2011), Hiddleston entrega aqui uma de suas melhores performances. Mais introspectivo, emocional e contraditório, seu personagem transita entre o vilão carismático e o anti-herói em busca de redenção.
Sophia Di Martino como Sylvie
Sylvie é uma variante de Loki que foi podada pela TVA ainda criança. Inteligente e determinada, ela é peça central na trama e representa uma visão alternativa de como o deus da trapaça poderia evoluir em outro contexto.
Owen Wilson como Mobius M. Mobius
Analista da TVA, Mobius oferece uma perspectiva humana à trama e forma uma inesperada amizade com Loki. Sua química com Hiddleston é um dos pontos altos da série.
Jonathan Majors como Aquele Que Permanece
Introduzido no final da primeira temporada, Majors interpreta uma variante do vilão Kang, cuja existência redefine completamente o rumo do MCU. Ele é o responsável pela criação da TVA e o guardião da Linha do Tempo Sagrada.
Ambientação e estilo visual
Uma estética retrofuturista única
Loki apresenta uma ambientação marcada por elementos retrofuturistas: a TVA é ao mesmo tempo avançada tecnologicamente e esteticamente anacrônica.
O design de produção remete aos anos 70, com computadores analógicos, escritórios burocráticos e uniformes padronizados — criando um contraste fascinante com o caos do multiverso.
Trilha sonora premiada
Composta por Natalie Holt, a trilha sonora de Loki é atmosférica e inovadora. Misturando orquestrações épicas com sintetizadores e sons industriais, a música traduz perfeitamente o clima de incerteza e mistério da série.
A importância de Loki no Universo Marvel
Início oficial do multiverso
Embora o multiverso já tivesse sido sugerido em outras produções, foi Loki quem realmente estabeleceu sua existência no MCU.
Ao quebrar a Linha do Tempo Sagrada, a série abriu portas narrativas que já estão sendo exploradas em filmes como Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (2021) e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (2022).
Base para a Saga do Multiverso
A introdução de Kang e suas variantes cria o pano de fundo para toda a Saga do Multiverso, que guiará as próximas fases da Marvel. Assim, Loki deixa de ser apenas uma série paralela e se torna elemento central para o futuro da franquia.
Temas centrais abordados em Loki
Identidade e livre-arbítrio
A série convida o espectador a refletir sobre o que define quem somos. Loki é confrontado com diferentes versões de si mesmo — desde a poderosa Sylvie até um jacaré com orelhinha — e precisa se perguntar: “sou mais do que minhas escolhas passadas?”
O peso das decisões
Ao colocar o destino do universo nas mãos de dois personagens conhecidos por tomarem decisões impulsivas, Loki enfatiza o impacto que nossas ações têm sobre os outros e sobre o futuro — mesmo quando tudo parece já estar determinado.
Recepção crítica e impacto cultural
Crítica especializada
A série foi elogiada por sua originalidade, pelo desenvolvimento de personagens e pela coragem de expandir a mitologia Marvel. Sites como Rotten Tomatoes deram à primeira temporada uma aprovação de mais de 90%, destacando a atuação de Hiddleston e a direção de Kate Herron.
Aprovação do público
Fãs antigos de Loki se sentiram recompensados com a profundidade emocional da série, enquanto novos espectadores foram conquistados pela trama complexa e visualmente impactante.
O futuro de Loki na Marvel
Segunda temporada e além
A segunda temporada de Loki, lançada em 2023, expandiu ainda mais a mitologia do personagem e sua luta contra as variantes de Kang. Com reviravoltas inesperadas e efeitos visuais de ponta, a nova fase mostrou que o personagem ainda tem muito a oferecer.
Loki como figura central no multiverso
Ao final da segunda temporada, Loki assume um papel essencial como “guardião das realidades”, praticamente tornando-se uma nova divindade do tempo. É uma mudança radical em relação ao vilão que conhecemos em 2011 — uma evolução que reforça o impacto da série no MCU.
Conclusão

A série Loki representa um divisor de águas para o Universo Cinematográfico Marvel. Combinando drama, humor, ficção científica e filosofia, a produção entrega uma narrativa profunda e visualmente impressionante.
Mais do que expandir o multiverso, a série mostra que até mesmo o mais imprevisível dos vilões pode se tornar um herói — ou algo ainda maior.
Seja você fã de longa data do MCU ou um novo explorador das aventuras da Marvel, Loki é uma experiência indispensável que redefine não apenas um personagem, mas todo o universo ao seu redor.
Assista ao trailer de “Loki”
No Brasil, “Loki” está disponível no Disney+.