Já pensou? Conheça 9 filmes descartados que deveriam ter sido feitos

O termo “projeto de paixão” pode ser uma vantagem e uma desvantagem para os grandes cineastas. Enquanto alguns filmes que lutaram por anos acabaram se tornando obras-primas, como Hush, de Martin Scorsese, ou Mad Max, de George Miller, outros seguem o caminho desastroso de The Book of Henry, de Colin Trevorrow.

Sempre que um cineasta permanece fiel à sua visão original por muitos anos, isso significa que ele quer levar seu projeto até o fim; no entanto, não se pode garantir que o resultado final será feito para um público um pouco mais amplo. Infelizmente, muitos desses lendários “projetos de paixão” nunca tiveram a chance de enfrentar esse teste.

No mundo veloz e furioso das filmagens em estúdio, os filmes são colocados em desenvolvimento e depois descartados por vários motivos. Às vezes, os diretores decidem fazer outros projetos, os orçamentos excedem proporções razoáveis, as restrições de cronograma criam uma barreira ou a paixão simplesmente desaparece.

Como vimos recentemente com a polêmica da Batgirl, terminar um filme nem garante que ele será lançado. Algumas ideias são arquivadas por um bom motivo, mas, infelizmente, filmes ambiciosos costumam estar muito à frente de seu tempo para ter uma chance. Aqueles filmes sucateados que amamos ver.

Filme de George Gershwin de Steven Spielberg

Steven Spielberg frequentemente retorna ao gênero biográfico, tendo retratado personagens famosos em obras-primas como A Lista de Schindler, Lincoln, Ponte dos Espiões e The Post.

Pouco depois de Zachary Quinto conseguir seu papel de destaque em Star Trek de 2009, Spielberg escalou a estrela em ascensão para uma cinebiografia sobre o lendário compositor americano George Gershwin. Dada a ênfase de Spielberg na precisão histórica e o impressionante alcance dramático de Quinto, o filme tinha potencial para se tornar um futuro clássico, mas Spielberg infelizmente decidiu desenvolver outros projetos.

 

Biografia de Frank Sinatra de Martin Scorsese

Compreensivelmente, a vida do lendário cantor e ator Frank Sinatra era algo que Hollywood hesitava em trazer para a tela. Sinatra é sinônimo de tantas canções, filmes e peças icônicas que nenhum filme poderia fazer justiça a ele.

No entanto, se houvesse alguma dupla criativa que pudesse fazer isso, parecia que seria Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio. Embora Scorsese tenha ficado entusiasmado com o roteiro do roteirista do Capitão Phillips, Billy Ray, o filme teve que ser descartado devido a problemas com a propriedade de Sinatra.

 

Napoleão de Stanley Kubrick

Ridley Scott está revivendo a história de Napoleão estrelando Joaquin Phoenix, mas ele não foi o único grande cineasta de todos os tempos a tentar narrar a carreira do ícone francês. O ambicioso plano de Stanley Kubrick para um filme de Napoleão é frequentemente citado como “o maior filme nunca feito” porque Kubrick manteve extensos diários detalhando um dos maiores projetos da história.

Com planos de escalar Jack Nicholson para o papel-título e possivelmente o maior orçamento de sua carreira, a visão de Kubrick infelizmente desmoronou quando ele não conseguiu obter financiamento. No entanto, ele saiu da decepção para fazer outro grande épico histórico com Barry Lyndon.

O Hobbit de Guillermo del Toro

Uma das razões pelas quais a trilogia Hobbit de Peter Jackson parecia uma bagunça tão confusa é que Jackson nunca teve a intenção de retornar à Terra-média. Guillermo del Toro originalmente pretendia dirigir a prequela de O Senhor dos Anéis como uma aventura em duas partes que utilizaria seus efeitos práticos característicos e construção criativa do mundo.

Del Toro teve a oportunidade de entregar uma versão da Terra-média que era familiar, mas também aterrorizante e diferente, mas o processo de desenvolvimento se arrastou. Del Toro acabou optando por sair e continuou trabalhando nos filmes originais, então Jackson fez um retorno apressado.

Duna de Alejandro Jodorowsky

O trabalho bizarro do cineasta chileno Alejandro Jodorowsky está o mais longe possível do “mainstream”; embora filmes como El Topo e The Holy Mountain possam não agradar a todos, eles foram alguns dos primeiros projetos de arte a ganhar força na cena da meia-noite dos anos 1970. Uma incrível equipe de artistas VFX, designers e músicos para uma adaptação de 14 horas do romance de Frank Herbert.

Com arte minuciosamente detalhada e um arranjo para Orson Welles aparecer como Barão Vladimir Harkonnen, Duna de Jodorowsky seria diferente de tudo. No entanto, o fracasso em garantir os direitos levou Duna a outro cineasta surrealista quando David Lynch fez sua primeira adaptação em 1984.

Os Irmãos Vega de Quentin Tarantino

Quentin Tarantino deu a entender que seus filmes se passam no mesmo universo, mas ainda não fizeram um crossover completo. No entanto, Tarantino teve a ideia de completar a trilogia não oficial criando uma prequela dos Vega Brothers estrelando Michael Madsen como Vic Vega de Reservoir Dogs e John Travolta como Vincent Vega de Pulp Fiction.

Tarantino acabou ficando muito ocupado com outros projetos e decidiu não continuar com The Vega Brothers porque os atores estavam ficando muito velhos em seus papéis.

Biografia de Howard Hughes de Christopher Nolan

Quando Christopher Nolan diz algo “é a melhor coisa que já escrevi”, é provável que gere interesse. Nolan queria fazer sua primeira cinebiografia logo após o sucesso de Memento e Insomnia, quando escalou Jim Carrey para o papel de Howard Hughes.

Único problema? Scorsese e DiCaprio receberam seu primeiro filme, O Aviador, e Nolan optou por não trabalhar em um filme biográfico concorrente de Hughes.

Ronnie Rocket de David Lynch

Ronnie Rocket é quase impossível de descrever, o que é uma leitura atenta quando se fala de David Lynch.

O conceito bizarro de Ronnie Rocket de Lynch era uma história dupla de um detetive anônimo tentando impedir um industrial do mal de transformar cidadãos em conchas irracionais, seguido pela história do titular Ronnie Rocket, um aspirante a astro do rock que precisava ser conectado a uma tomada elétrica a cada 15 minutos. Dado o histórico de Lynch, isso provavelmente seria totalmente legal, mas, apesar de inúmeras tentativas em vários estágios de sua carreira, isso nunca aconteceu.

Senhores do Crime 2 de David Cronenberg

O thriller policial de David Cronenberg, Senhores do Crime, foi um clássico moderno que rendeu a Viggu Mortensen sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Ator. O final do filme deixou a porta aberta para mais sequências, e o roteirista Steven Knight escreveu um roteiro que deixou Cronenberg e Knight entusiasmados.

Cronenberg citou as preocupações com o orçamento da Focus Features como o motivo do cancelamento do projeto; agora está sendo refeito em um filme original estrelado por Jason Statham.