‘Guerra Civil’: O filme que redefine o gênero de guerra no cinema

'Guerra Civil': Uma abordagem diferenciada do cinema de guerra

Quando o do novo “Guerra Civil” foi divulgado, muitos espectadores foram imediatamente transportados para a expectativa de mais um épico cinematográfico de guerra, repleto de batalhas memoráveis, estratégias militares e o caos que acompanha os confrontos armados. Entretanto, o que o e roteirista Alex Galard propõe vai além do convencional, oferecendo uma perspectiva singular sobre os conflitos bélicos, menos focada na ação e mais na introspecção humana.

'Guerra Civil': O filme que redefine o gênero de guerra no cinema
Imagem: Reprodução/Guerra Civil

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A guerra como pano de fundo

Galard conseguiu desviar do clichê dos de guerra que glorificam o combate, apostando numa narrativa que explora as consequências psicológicas e sociais de um conflito armado. Tradicionalmente, filmes do gênero tendem a realçar a bravura e o heroísmo, porém, em “Guerra Civil”, a ênfase é outra. O diretor utiliza o jornalismo como meio para desconstruir essas idealizações, proporcionando um olhar mais crítico e humano sobre a guerra.

Uma jornada reflexiva

O enredo acompanha quatro jornalistas americanos em meio à turbulência de uma guerra civil fictícia, que se desenrola com a insurgência de estados contra um governo autocrático. A missão do quarteto é atravessar o país em busca de uma reveladora com o presidente, uma trama que serve de metáfora para a investigação da condição humana diante do caos. Não se trata apenas de um filme sobre guerra, mas sim sobre a jornada e a transformação íntima desses personagens ao se depararem com a realidade cruel do combate. O conflito bélico, embora presente, atua mais como um elemento de contexto, desafiando os protagonistas a confrontarem suas próprias convicções e o impacto da guerra em suas almas.

Atemporalidade e relevância

Um aspecto intrigante de “Guerra Civil” é sua atemporalidade. Segundo Galard, o roteiro foi concebido antes das atuais tensões globais, sem a intenção de refletir nenhuma guerra específica ou a crescente polarização política. No entanto, essa neutralidade histórica confere ao filme uma relevância universal, dialogando tanto com contemporâneos quanto com os conflitos humanos perenes.

Wagner Moura e a multifacetada atuação

Dentro desse elenco internacional, destaca-se a performance de Wagner Moura, cuja versatilidade é louvável. O brasileiro navega habilmente entre o humor e a gravidade, iluminando a tela com sua interpretação de um dos jornalistas centrais da trama. A habilidade de Moura em transitar por um espectro tão amplo de emoções reforça a complexidade dos personagens e a riqueza da narrativa.

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