Lindo filme faz sátira arrojada ao nazismo e irá encantar você
Risos contra o ódio: como uma sátira arrojada ao nazismo pode encantar e provocar reflexões
Filme Jojo Rabbit: Sátira da Segunda Guerra chegou aos cinemas em meio ao crescente discurso nazista
Em um clima politicamente tenso, e em meio a casos notórios de apologia ao nazismo no Brasil, como o incidente envolvendo o ex-secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, que parafraseou Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda da Alemanha Nazista, Jojo Rabbit chega aos cinemas. Dirigido por Taika Waititi, o filme é uma sátira contundente sobre um período que a humanidade não deve jamais esquecer.
Jojo Rabbit não é apenas uma comédia, é um reflexo perturbador do mundo em que vivemos. Em um país dividido como o Brasil, a presença de simbologia nazista, como a suástica, usada na decoração de um bar em Minas Gerais e exposta na janela de uma residência em Santa Catarina, mostra como a intolerância e o ódio ainda são presentes.
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O contexto pertinente de Jojo Rabbit
A história se passa durante a Segunda Guerra Mundial e acompanha Johannes Betzler (interpretado pelo adorável Roman Griffin Davis), um jovem de 10 anos cujo melhor amigo é uma versão imaginativa e caricata de Adolf Hitler, papel desempenhado pelo próprio diretor Taika Waititi. Em meio ao caos, Jojo descobre que sua mãe, Rosie (Scarlett Johansson no auge de sua elegância sensível), esconde uma menina judia, Elsa Korr (Thomasin McKenzie), em seu sótão.
E o que isso diz sobre nós?
É alarmante ver as semelhanças entre a história e a realidade atual, onde nem mesmo a apologia a doutrinas que mataram milhões de pessoas é suficiente para chocar parte da população. Ainda estamos recorrendo à arte, e filmes como Jojo Rabbit são ferramentas importantes para que a lembrança do absurdo que foi o nazismo sempre esteja presente na memória coletiva. Não se trata de liberdade de expressão mas de humanidade.
O simbolismo de Jojo Rabbit nos dias de hoje
Waititi criou uma obra onde o humor escancara o ridículo do fanatismo, onde a figura do ditador é posta como motivo de gozação e não de admiração. Rosie, embora seja a base familier do pequeno Johannes, é figura de resistência e fé em dias melhores, características que devemos sempre lembrar nos momentos de ódio e intolerância.