“A Mão de Deus”: Um drama italiano arrebatador e intimista ambientado em Nápoles dos anos 80

Estrear no Brasil, país de apaixonados pela sétima arte, o filme de drama italiano “A Mão de Deus” foi, sem dúvida, uma escolha acertada. É sobre este longa, indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e lançado em 2 de dezembro de 2021, sob a direção e roteiro de Paolo Sorrentino, que vamos falar neste texto.

A película é uma retomada nostálgica do passado do célebre diretor, abordando sua adolescência em Nápoles na década de 80, um testemunho singular que desliza suavemente entre uma história familiar e um profundo retrato de sua cidade natal.

LEIA MAIS:

Amor VENCE O DESTINO na nova e imperdível comédia romântica da Netflix!

Terror e comédia se encontram: ditador SANGRENTO vira vampiro em novo filme da Netflix!

Trama retrata a vida de um adolescente em Nápoles

O protagonista da história é o jovem Fabietto Schisa, que navega entre as encruzilhadas típicas da adolescência dentro de uma família italiana típica e complexa, que se ama e briga com igual intensidade. Alguns temas difíceis, como violência contra a mulher, traição, traumas e corrupção, são incorporados na narrativa, tornando-a ainda mais rica e empática.

Qual a influência do filme “Roma” para a realização de “A Mão de Deus”?

“A Mão de Deus” só veio à luz depois que Sorrentino assistiu “Roma” (2018), filme que narra a infância do diretor Alfonso Cuarón. Esta experiência impulsionou Sorrentino a escrever seu próprio “amarcord” (termo romano que significa “re-evocação do passado nostálgico”), acreditando que um filme pessoal e privado pode narrar uma história universal.

A contribuição de Daria D’Antonio para a fotografia do filme

O longa também se destaca pela marcante fotografia de Daria D’Antonio, cujo trabalho conseguiu transportar o espectador diretamente para a encantadora Nápoles dos anos 80. As mudanças sutis na exposição conforme o estado emocional do personagem, criam uma experiência de cinema extremamente íntima e envolvente.

O filme e sua relação com o futebol

Não poderíamos falar sobre Nápoles nos anos 80 e não mencionar o futebol. A chegada de Diego Maradona ao Napoli é certamente um dos episódios de destaque deste filme. A paixão inicial do jovem Fabietto pelo jogador e seu progressivo desprendimento é uma metáfora muito eficaz, usada no filme, para representar o amadurecimento e crescimento do personagem.

Portanto, no final das contas, “A Mão de Deus” é muito mais do que um retrato de uma adolescência. É um longa que toca cada espectador de maneira singular, uma vez que suas lições, emoções e conflitos são universais. Torna-se assim, um íntimo e íntegro convite para descobrirmos o nosso próprio lugar neste mundo.