A Morte do Demônio: A Ascensão – Reinventando o terror com nostalgia e modernidade

Quinto filme da franquia de terror que já dura quase quatro décadas!

Não é fácil trazer de volta uma franquia tão icônica como Evil Dead, ou em português, “A Morte do Demônio“. Entretanto, o diretor Lee Cronin encara o desafio com o mais novo filme da sequência, “A Ascensão”. Com elementos modernos e ambiente urbano, o filme encontra uma nova forma de aterrorizar e entreter os fãs da série, ao mesmo tempo em que mantém a essência claustrofóbica que a caracteriza.

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Um novo cenário para Evil Dead: apartamentos na cidade

Uma das inovações em “A Morte do Demônio: A Ascensão” é a escolha do cenário. Ao invés da típica cabana na floresta, o filme se passa no centro da cidade de Los Angeles, mostrando que a ação do terror pode acontecer em qualquer lugar. Ainda assim, com quartos apertados e um histórico de terremotos na região, o ambiente ainda soa assustador e desconfortável, em consonância com os filmes da franquia.

A Morte do Demônio: A Ascensão
Imagem: Reprodução/Warner Bros.

Atenção aos detalhes e referências aos filmes anteriores

Como fã dos filmes de Evil Dead originais, Lee Cronin faz questão de incluir muitas referências a essas produções em “A Ascensão”. Evidente desde a sequência inicial, onde um drone simula o movimento ameaçador conhecido pelos fãs da série, o filme apresenta uma série de easter eggs, como caixas de pizza, motosserras e chuvas de sangue. No entanto, o excesso de referências ao passado pode dar a impressão de um filme derivativo e ancorado na nostalgia, mesmo com seus elementos mais modernos.

A Morte do Demônio: A Ascensão
Imagem: Reprodução/Warner Bros.

Assustando e entreterindo com eficiência e gore

É inegável que “A Morte do Demônio: A Ascensão” cumpre bem o seu papel de assustar e entreter o público com sua trama e cenas de horror gráfico. O uso de agulhas de tatuagem, raladores de queijo e copos de vidro são situações que causam aflição e desconforto, além de trazer um surrealismo característico da franquia. Além disso, a atmosfera ameaçadora do filme mantém a tensão e a expectativa altas durante toda a trama.

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Resgatando a essência de Evil Dead, mas sem a originalidade

Apesar de trazer muitos elementos dos filmes anteriores, “A Morte do Demônio: A Ascensão” parece encontrar seu maior desafio em entregar a originalidade pela qual a franquia é conhecida. Embora honre a série com suas referências e atmosfera, é possível sentir falta de uma abordagem mais autêntica e uma voz própria na direção. A falta da presença marcante de Bruce Campbell como Ash também é digna de nota.

No fim das contas, “A Morte do Demônio: A Ascensão” traz uma mistura equilibrada entre a modernidade e a nostalgia, com um horror eficiente e cenas marcantes. Entretanto, seu foco em resgatar a essência dos filmes originais pode ser percebido como falta de originalidade. Ainda assim, é um filme bem-acabado que agrada a fãs e novatos, mostrando o potencial da franquia em se reinventar.