A epidemia do sono, de Sandman, aconteceu na vida real; entenda
A série Sandman chegou na Netflix na última sexta-feira (5), se tornando um grande sucesso em questão de horas, chegando ao top 10 do streaming em mais de 80 países. A produção é baseada no quadrinho de Neil Gaiman, lançado em 1988 pela DC Comics, sendo considerado um das maiores obras literárias de todos os tempos.
Um dos detalhes na série que chamou a atenção dos fãs foi a “Epidemia do Sono”, que aconteceu após Morpheus ficar preso por cem anos. No entanto, poucos sabem que ela realmente aconteceu, levando mais de 1 milhões de pessoas a óbito, após sofrerem com esse distúrbio.
Na série, epidemia do sono acontece após Sandman ser preso por mortais
A grande premissa da série é a prisão de Sandman pelo ocultista Sir. Roderick Burgess, já no início da trama. Tentando capturar a Morte, para trazer de volta seu filho, Burgess acabou trazendo o Sonho para o mundo real e aprisionando ele por cem anos. Devido a isso, um colapso no mundo do Sonhar aconteceu, refletindo no mundo real onde várias pessoas tiveram distúrbios do sono. Algumas não conseguem mais dormir, outras já confundiam a realidade com seus sonhos, mas a maioria ficou presa neles, por muitos anos.
Epidemia do Sono atinge o mundo durante a Primeira Guerra Mundial
Entre 1916 e 1917, quase no fim da Primeira Guerra Mundial, em vários locais do mundo inúmeras pessoas foram atingidas pela denominada Epidemia do Sono. Com sintomas que vão de fraqueza a febre, sonolência a perda de consciência, estima-se que cerca de 8 milhões de pessoas foram afetadas pela doença. O principal sintoma, e consequentemente mais grave, era o abandono físico, onde os pacientes entravam em um sono profundo, não retornando dele na maioria das vezes.
Após alguns anos, a doença foi batizada de encefalite letárgica, onde até 1927 quando terminou a pandemia, mais de 4 milhões de pessoas não conseguiram se recuperar. Além disso, até hoje a doença não teve sua origem identificada e pouco se sabe dos tratamentos utilizados na época pela medicina.